sexta-feira, 13 de maio de 2011

Glossário | Parte II

Abaixo, o significado da oração fundamental do Budismo de Nitiren Daishonin, a qual é baseada toda sua filosofia e ideologia:



Nam-myoho-rengue-kyo – Nome dado à Lei do Universo, a essência de todos os fenômenos. A Recitação do Nam-myoho-rengue-kyo foi estabelecida pelo Buda Nitiren Daishonin (1222 – 1282), em 28 de abril de 1253.

Nam  deriva do sânscrito namas e significa “devotar”. É a relação perfeita da vida do ser humano com a verdade eterna. No ato de dedicar a própria vida à verdade eterna, ou à Lei, encontra-se o segnificado de Nam.

Myoho  literalmente,significa “Lei Mística”. Myo quer dizer “místico” e não tem nada a ver com milagre. É assim chamado porque o mistério da vida é de inimaginável profundidade e, portanto, está além da compreensão das pessoas. Ho significa “lei”. A intrinseca natureza da vida é tão mística e profunda que transcende o ambito do conhecimento humano. Por exemplo: as pessoas nascem, envelhecem e morrem. Esse processo natural é a lei indestrutível que regula casa forma de vida.

Rengue  é “causa e efeito”. O budismo vê essa lei em todos os fenômenos do Universo e a simboliza pela flr de lótus (rengue, em japonês), que produz o fruto com a semente (causa) e a flor (efeito) simultaneamente.

Kyo  significa a função e a influencia da vida, como também a transformação do destino, representando a continuidade da vida através do passado, presente e futuro.

fonte: Revista Terceira Civilização,nº 510 - Fevereiro - 2011. pg. 14
            Livro - BSGI Por uma sociedade de paz. Editora Brasil Seikyo - São Paulo - Dezembro de 2011

Glossário | Parte I

Os termos utilizados pelo Budismo Nitiren, muitas vezes são confundidos por nós, e a maioria deles nem conhecemos. Abaixo, segue um pequeno glossário com o significado de alguns termos utilizados por esse grupo.


Bodhisattvas da TerraBodhi significa “Sabedoria do Buda”; sattva, “seres sensíveis” e Terra, Nam-myoho-rengue-kyo ou “natureza de Buda”. Os Bodhisattvas da Terra fazem do Nam-myoho-rengue-kyo ou da natureza de Buda a base de suas ações para aliviar o sofrimento das outras pessoas.

Buda – O Iluminado ou Desperto. Aquele que percebe a natureza iluminada da vida e conduz outros a atingir essa mesma condição. A natureza de Buda é inerente a todos os seres e é caracterizada pela sabedoria, coragem, benevolência e energia vital.

Chakubuku – Método de propagar o budismo às pessoas, refutando pensamentos ou conceitos errôneos.

Daimoku – Literalmente, significa “Título”. Refere-se à recitação do Nam-myoho-rengue-kyo. A melhor manera de compreender o Daimoku é realiza-lo corretamente.

Gohonzon – Objeto de devoção dos praticantes do Budismo de Nitiren Daishonin. A Palavra Honzon significa “objeto de respeito fundamental” e go, “digno de honra”. Gohonzon é o objeto de devoção para a observação profunda da mente. Para quem não tem fé, é apenas um papel comum. Mas, para as pessoas que desejam a felicidade das outras pessoas e apaixonadamente promovem o Kossen-rufu, este é o ponto central da vida.O Gohonzon é o objeto que representa a Lei contida na essência de todas as leis da natureza. Recitar o Nam-myoho-rengue-kyo diante do Gohonzon com sinceridade dá acesso livre e rápido à fonte inesgotável de benefícios.

Gongyo – Liturgia do Budismo Nitiren Daishonin. Prática que se realiza duas vezes ao dia, de manhã e à noite. Consiste na leitura de passagens do 2º capitulo (Hoben, “Meios”) e 16º capítulo (Juryo, “Revelação da Vida Eterna do Buda”) do Sutra de Lótus, seguida da recitação do Nam-myoho-rengue-kyo. O Gongyo é a cerimônia diária na qual um praticante budista faz três coisas: lê os trechos essenciais do Sutra de Lótus, reconfirma seus “desejos” por meio das orações silenciosas e prepara o espírito para a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo.

Kossen-rufuKossen significa ensinar a filosofia budista a todas as pessoas e rufu, indica o budismo ser amplamente conhecido e praticado com sinceridade pelas pessoas da sociedade. Kossen indica a propagação do budismo, e rufu, a condição que resulta dessa propagação. Kossen-rufu, paz mundial.

Soka Gakkai – Sociedade de Criação de Valores. É uma organização de leigos que seguem os ensinamentos do Buda Nitiren Daishonin. Sua essência é o respeito à dignidade da vida e à crença de que a transformação fundamental em cada pessoa leva à transformação da sociedade. 

fonte: Revista Terceira Civilização,nº 510 - Fevereiro - 2011. pg. 14
            Livro - BSGI Por uma sociedade de paz. Editora Brasil Seikyo - São Paulo - Dezembro de 2010

quarta-feira, 11 de maio de 2011

bsgi - Um pouco de sua história | Parte II

O seguinte vídeo foi feito pelo programa Ação da Rede Globo, contando mais sobre o que é a associação BSGI.


bsgi - Um pouco de sua história | Parte I

prédio da associação BSGI - Centro cultural Dr. Daisaku
Ikeda - Localizado naRua Tamandaré, 1007.
 Temos falado muito sobre a organização BSGI, mas o que vem a ser essa organização?

 A Soka Gakkai Internacional foi fundada em 26 de janeiro de 1975 por Daisaku Ikeda, terceiro presidente da Soka Gakkai, que veio ao Brasil na época com o intuito de fundar a Soka Gakkai e propagar o budismo.

Daisaku Ikeda foi discípulo de Jossei Toda (segundo presidente da Soka Gakkai), que conseqüentemente foi  discípulo de Tsunessaburo Makiguti, primeiro presidente e fundador da Soka Kyoiku Gakkai (1951). Makiguti (1871 – 1944) era professor supervisor de uma escola, após ser forçado a deixar o cargo Makiguti escreveu seu primeiro livro Jinsei Chirigaku (Geografia da Vida Humana).

Escritor de várias obras (entre elas Educação para uma Vida Criativa, baseada na sua filosofia educacional de Teoria do Valor) que se opunham aos tradicionalistas tanto no campo educacional quanto no da religião, Makiguti era considerado um intruso entre os acadêmicos.

Conheceu Jossei Toda em 1918 que também era professor e com quem compartilhou seus ideais e após 10 anos, em 1928, ambos se converteram ao Budismo de Nitiren Daishonin. Makiguti então encontrou nos ensinos de Daishonin a expressão de sua filosofia de valor.

 Em 18 de novembro de 1930, juntamente com Toda, Makiguti fundou a Soka Kyoiku Gakkai (Sociedade Educacional de Criação de Valores).

prédio da associação BSGI - Centro cultural Dr. Daisaku
Ikeda - Localizado naRua Tamandaré, 1007.

Após sua morte, em 18 de novembro de 1944, que ocorreu numa prisão devido aos maus tratos e a desnutrição. Jossei Toda que também foi preso com ele devido aos seus ideais, mudou o nome da associação para Soka Gakkai (Sociedade de Criação de Valores), que quebrava o paradigma de uma associação voltada unicamente para a educação, e passasse a se engajar nos campos da cultura e tendo como objetivo básico a promoção da paz mundial.


 Com a liderança de Daisaku Ikeda, a Soka Gakkai expandiu-se além das fronteiras do Japão e hoje está presente em 192 países com mais de 12 milhões de associados.

Makiguti em Ação

 A Associação BSGI (Brasil Soka Gakkai Internacional), não é apenas uma organização fechada a seus membros que seguem a filosofia budista. Um de seus projetos mais abrangentes e que tem alcançado resultados extremamente positivos é o projeto Makiguti em Ação.

O projeto visa melhorar a educação nas escolas públicas e privadas do Brasil implementando atividades culturais como contato com o meio ambiente, atividades que trabalham com o criativo das crianças e outras atividades lúdicas, dentro da grade horária dos alunos.

A implantação dessas atividades é baseada na teoria pedagógica de Makiguti, Teoria de Criação de Valores, contida no seu livro  Educação para uma Vida Criativa. Essa teoria diz que a criança deve sentir-se feliz enquanto estuda e que o ensino não é somente uma transmissão de conhecimento, mas uma forma de transformar o caráter da criança e cultivar seu potencial criativo.

 “Essa educação humanística é uma educação de criação de valores onde a meta principal é criar jovens e crianças com uma formação em que ela seja feliz enquanto estuda.” Elisa de Paula – Coordenadora do Makiguti em Ação, em entrevista ao programa Ação da rede Globo.

Além de projetos com crianças, o Makiguti em Ação investe no reconhecimento dos professores das escolas para que esses se sintam valorizados e dispostos a passar um conhecimento conciso e concreto aos alunos.

 Análise Pessoal:

 Independente de religião, é nítida a falta de valor que é dada tanto a professores quanto à estudantes hoje no país, projetos como o Makiguti em Ação, são somente uma micro ajuda que as  associações conseguem oferecer ao ensino do país, visto que a quantidade de escolas hoje é exorbitante.  Porém, já estão fazendo alguma coisa, e a cada projeto desse tipo que é implantado em escolas, onde o aluno é instigado a colocar seu lado criativo em evidencia, pode-se ter um pouco mais de esperança de que futuramente tenhamos jovens conscientes do seu papel na sociedade e que caso cheguem a níveis de poder sociais, como lideres, cumpram seu papel em meio à sociedade.

Com essa atitude, a BSGI, além de cultivar maiores esperanças dentro da nossa sociedade, formando jovens criativos e interessados, ainda tem a oportunidade de levar os ensinamentos do Budismo Nitiren as crianças e professores envolvidos em seu projeto.

Depoimento

Ao chegar no sábado de manhã na rua dos prédios da Associação Budista Nitiren no bairro de Vergueiro houve a primeira grande mudança sobre a impressão de um movimento ideológico milenar oriental.
Na movimentada rua comercial esta imponente o conjunto de dois grandes prédios se enfrentando de ambas calçadas e, um terceiro prédio jardinado que abriga os eventos culturais e reuniões dos membros.
Assim que chegamos fomos recebidos na portaria que, apesar da hora marcada não possuía nenhum aviso sobre a visita. Porém, esclarecido o nome do nosso entrevistado fomos levados ao hall de entrada aonde, espontaneamente, de um pequeno grupo de orientais que ali estavam, Felipe Fujii, vice responsável da divisão de jovens da associação, se dispôs a nos atender em uma breve espera pelo entrevistado que nos aguardava.
Logo, uma pequena sala contornada de poltronas, mesa de centro e quadros de fotografia de flores nas paredes foi disponibilizada para a nossa conversa.
Quando questionado sobre a possibilidade de filmar o diálogo, negociou-se a gravação somente do áudio da entrevista e, foi assim que ocorreu.
Após uma extensa introdução às experiências que o budismo possibilitou para a vida pessoal, estudantil e profissional de Felipe, uma coisa ficou clara, a importância que se dá a formação do ser humano desde sua infância até o alcance do pleno entendimento da cidadã filosofia budista, na vida adulta.
O jovem Felipe de vinte e oito anos, praticante do budismo desde os seus cinco anos de idade, ressaltou diversas vezes um dos mais importantes lembretes dos seus ensinamentos que é dar merecido respeito aos pais, a saúde e aos estudos. Essa é a base do aprendizado das crianças da associação Nitiren.
Assim, após mas alguns instantes de exposição de um complexo conhecimento sobre as causas e conseqüências do budismo sobre a vida, agruparam-se a conversa mais três membros da juventude da associação, e uma outra abordagem foi colocada em questão, a sociedade.
Kelly, uma oriental de 24 anos, citou a meta da filosofia budista Nitiren como sendo a felicidade coletiva baseada na auto realização individual, tendo como conseqüência natural, uma sociedade saudável curada por um senso de cidadania que deriva do respeito aos próximos.
Uma pergunta complementar foi levantada e o entrevistado que havia marcado nossa visita, que já estava nos acompanhando em nossos questionamentos respondeu. Sendo o budismo uma religião que acredita num ciclo de reencarnação até que o ser atinja a iluminação pelo conhecimento de todas as coisas, qual é a visão e a importância que o indivíduo budista tem por uma sociedade “passageira”, da qual não fará parte por mais de uma encarnação?
A resposta foi simples e pode ser ilustrada por uma parábola que cita um viajante feliz, que possuía em sua bolsa somente três bananas. Uma já muito madura, estragada, outra, verde e ainda não poderia ser consumida e, por fim, uma amarela e perfeita para satisfazer sua fome. Assim foi descrita a responsabilidade e o respeito pela sociedade na qual se vive no presente e, que produzirá um bom carma.
Em seguida, fomos levados a indagar sobre qual a maior pretensão do budismo como um todo, a pratica de sua filosofia de formação humana cidadã ou religiosa em busca da iluminação ao divino.
Foi esclarecido que o budismo é, sim, uma religião que possui sua filosofia baseada não em pontos radicais opostos, como profano e sagrado e, sim, no caminho do meio, um de seus ensinamentos mais importantes e originários de Siddhartha Gautama, Buda.
Com isso, eles vêem a possibilidade de viverem uma vida moderna, jovial e comum a qualquer pessoa não praticante de sua religião. Daí vem a grande diferença do budismo Nitiren a outras vertentes budista como a zen; eles não procuram o isolamento em mosteiros de monges para uma vida de meditação, mas vivem em um caminho adequado ao mundo atual e ordinário.
Talvez, por isso contaram nunca haverem sofrido nenhuma discriminação por pessoas alheias às suas praticas, ou até mesmo, de outras religiões.

"...(continuação)..."


Ardim Junior

terça-feira, 10 de maio de 2011

Entrevista com Felipe Fujii

 Coincidentemente, um dos nossos entrevistados, Felipe Fujii praticante do budismo Nitiren e  Vice-Coordenador da Divisão dos Universitários da BSGI (Brasil Soka Gakkai Internacional), também é designer gráfico. Segue abaixo uma parte da entrevista onde ele conta como se decidiu pelo Design Gráfico e aquilo que o motivou a continuar nesta carreira, não só como profissão, mas como meio de ajudar outras pessoas.


“Comecei na área devido à minha relação com o budismo, não diretamente, mas por participar da organização e fazer parte da divisão dos estudantes herdeiros. Nesta divisão o que mais temos de base são 3 direcionamentos, que são: Dedicar aos estudos, cuidar da saúde e zelar pelos pais, são três direcionamentos que se você leva pelo resto da vida, conseguimos além de formar um bom caráter, ser uma pessoa que consegue contribuir independente do que fazemos, ou como um designer, para a sociedade.
Sempre desenhei, com aquelas características típicas de designer: Sentava lá no fundo, enquanto o professor explicava eu ficava desenhando, rabiscando, criando tipografias, fazendo caricaturas e como sempre quis me expressar de alguma forma, vi que era por meio do desenho. E em vários casos os pais não incentivam, dizendo que não será uma boa profissão, que não traz futuro, mas minha mãe sempre me apoiou, dizendo que eu deveria ser o melhor do que estava fazendo.
E isso é uma coisa que cultivamos aqui na organização, esperamos que os estudantes cultivem grandes sonhos, tenham grandes sonhos. Imaginem vocês, como designers, qual é a minha contribuição  para a sociedade? Será que serei somente mais um designer que ficará fazendo cartões de visita, identidade visual, para uma empresa que só visa dinheiro ou nessa nova realidade mundial onde eu preciso pensar socialmente, eu consigo também pesar isso na minha vida. O quanto eu como universitário consigo entender que a minha capacidade de compreender o momento e de olhar lá na frente, que daqui a 10 ou 15 anos as próximas pessoas que estarão no poder, os próximos presidentes, vereadores, deputados, são justamente os universitários que estão se formando agora?
Conseguir criar essa consciência agora é super importante para que daqui a alguns anos eu tenha uma realidade no meu país diferente.”

O Jovem e o Budismo

Olá pessoal, na nossa visita à sede da Associação BSGI (Brasil Soka Gakkai) conhecemos o Felipe Fujii, o  Anderson Yoshikawa, a Kelly Haraguchi e a Roberta Guimarães, gostaríamos já de agradecer a atenção dos quatro no dia da nossa entrevista.
Durante a entrevista, vimos o quanto os jovens e adolescentes são valorizados, não só pela associação, mas também pelo próprio budismo, representando os herdeiros que irão propagar os ensinamentos de Nitiren Daishonin.

Um dos princípios ensinados aos jovens são os 3 fundamentos básicos para se formar um bom caráter, que são: Cuidar da saúde, dedicar aos estudos e zelar pelos pais. Além disso à o incentivo dos seus mestres para que eles cultivem grandes sonhos em seus corações.

Agora, trazendo para uma realidade social, onde os jovens estão cada vez mais perdidos em seus caminhos e fadados a se entregarem a drogas e prazeres momentâneos que irão destruí-los no futuro (basta assistir ao noticiário), será que esse princípios não deveriam, realmente serem ensinados a todos os jovens?

Não se trata de religião, até porque, não defendemos nenhuma, mas analisemos esses três fundamentos:

Cuidar da Saúde: O grande mal no meio dos jovens hoje começa justamente aí, quando esses se entregam as drogas e ao álcool. Temos visto tentativas frustradas das autoridades para tentarem recuperar esses jovens das ruas, do tráfico. Porém, esses já são jovens que a tempo estão envolvidos com isso, destruindo sua saúde a daqueles que estão ao seu redor (por meio do sofrimento). A grande ajuda viria se os jovens e adolescentes  fossem conscientizados a cuidar de sua saúde ANTES de se envolverem com tais vícios.

Dedicar aos Estudos: Ora, se o jovem já está entregue em vícios, claro que não haverá dedicação alguma em seus estudos. E mesmo que não sejam jovens com saúde debilitada, não há hoje um interesse real da maioria dos jovens e adolescentes para se dedicarem aos seus estudos. Ou eles estão sendo forçados por seus mentores a freqüentarem um local de ensino, ou estão buscando isso para um reconhecimento pessoal, e se esse reconhecimento não vem logo, a falsa dedicação logo dá lugar à frustração e ao desleixo.

Zelar Pelos Pais: Eis aí a base principal para que os jovens consigam praticar os dois pontos anteriores. Dizem que a educação vem de casa, e realmente ela vem. Por mais que essa seja uma frase gasta e repetitiva, aquilo que aprendemos em casa jamais é tirado de nós. Porém, nossos pais, assim como nós merecem ser bem tratados, para que continuem nos incentivando a sermos melhores, não para nós mesmos, mas para a sociedade como um todo. Se não há o zelo por aqueles que estão sustentando a nova geração, será formada uma geração sem base familiar, que não conhecem os limites de seus atos, não dão valor à sua saúde, não se dedicam para serem melhores e governarem o país e a nação de forma mais digna e responsável.

Novamente, não queremos defender nenhuma religião, porém esses ensinamentos podem ajudar os jovens de hoje a se tornarem pessoas melhores amanhã.

A seguir tem uma canção dos jovens da Divisão Estudantil da BSGI – Sucessores Ikeda 2030


Budismo Nitiren | Parte II

Nitiren Daishonin nasceu em 16 de fevereiro de 1222 na província de Awa, Japão, seus pais eram pobres pescadores. Sem condições de estudar, Nitiren, que antes era conhedico como Zennitimaro ajudava seus pais como podia.

Somente aos doze anos ele entrou para o templo Seityo onde começou a estudar o budismo. Percebendo várias contradições dentro dos ensinamentos budistas, Zennitimaro aprofundou ainda mais seus estudos, partiu então para Kamakura, centro do governo japonês.
Foi para Quioto onde pesquisou todos os Sutras de Sakyamuni (Siddhartha Gautama) e concluiu que o Sutra de Lótus era o supremo ensino.

Em 28 de abril de 1253 Retyo (novo nome de Zennitimaro), recitou pela primeira vez o nam-myoho-rengue-kyo, no templo Seityo. Com isto, ele proclamou que a devoção e a prática do Sutra de Lótus eram a única forma correta de Budismo para a época atual. Ao mesmo tempo, ele modificou o seu nome para Nitiren, que significa lótus (ren) do sol (niti). O significado da sua escolha, como ele mesmo explicou, tem origem no Sutra de Lótus.

Após ter enfrentado várias perseguições e ataques planejados pelas seitas tradicionais, Nitiren Daishonin (Dai = grande”, shonin = “sábio”) reconhece que o momento de seu advento havia chegado. Todos os seus discípulos estavam conscientes de seus ideais, haviam desenvolvido uma firma fé e reconheciam seus ensinos, então Nitiren materializou seu advento com a inscrição do Daí-Gohonzon, o supremo objeto de devoção.

Nitiren Daishonin faleceu em 13 de outubro de 1282, os 60 anos. Daishonin é conhecido com o Buda Original, pois seus ensinamentos possibilitam às pessoas transformar radicalmente a vida.

Budismo Nitiren | Parte I

  Para quem ainda não sabe, o foco deste blog é especificamente no Budismo de Nitiren Daishonin, uma das grandes escolas de budismo no Brasil e no mundo e que deu origem a Soka Gakkai. Calma, iremos explicar todos esses conceitos a seguir.
Primeiramente, dando uma introdução do que é o budismo:

 Como já dito aqui em outro post, budismo é a denominação dada aos ensinos do Buda. O Buda representa a pessoa que despertou para a realidade da vida e do universo. A Palavra Buda significa, literalmente “Iluminado.”

 Na entrevista que fizemos com membros da BSGI (Brasil Soka Gakkai Internacional), Felipe do Nascimento Fujii Vice-Coordenador da Divisão dos Universitários da BSGI, nos contou como surgiu o primeiro Buda:
“Existia um príncipe, chamado Siddhartha Gautama que vivia num palácio e era protegido de todos os males do mundo.  Conta-se uma história de que um dia após uma festa ele conseguiu sair do palácio e viu uma criança nascendo por um dos portões do palácio, no outro uma pessoa doente, em outro uma pessoa envelhecendo e em outro uma pessoa morrendo. Percebendo que a vida dele poderia ter o mesmo fim onde o filho e a esposa também poderiam vir a morrer, ele parou e pensou que existia alguma coisa fundamental que ele não compreendia. As questões de, por que as pessoas sofrem? E, como eu ultrapasso essas quatro questões da vida?
Assim o príncipe saiu em busca dessa saída e passou a meditar.  Num determinado dia, Sidarta estava debaixo de uma árvore e viu uma pessoa tocando um instrumento parecido com uma viola. Esta pessoa toca uma das cordas e percebe que ela está muito frouxa, então ele a aperta e ao tocar de novo a corda estoura. Sidarta então percebe que nada deve ser extremo “não é nem muito nem pouco, é justamente o caminho do meio.”

 Siddhartha então alcançou a iluminação para a verdade da vida, passando a ser chamado de Sakyamuni, o Sábio dos Sakya. Sakya é o nome herdado de seu clã e muni designa “aquele que despertou”. Sakyamuni expôs seus ensinamentos durante vários anos, um deles conhecido como Sutra de Lótus, porém, como as pessoas ainda não estavam preparadas para compreender seu profundo significado, Sakyamuni não o elucidou. Isso somente ocorreu quando surgiu o Buda Nitiren Daishonin.

Continua...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Mestre e Discípulo - O Início

Olá pessoal, esse pode-se dizer que é oficialmente o primeiro post do blog “Mestre e Discípulo”.  Vocês devem estar se perguntando o porquê escolhemos esse título. Bom,  resumidamente, a relação entre um Mestre e seu Discípulo é um dos princípios fundamentais do budismo, afinal, é por causa daquilo que um Mestre diz e possui, que outras pessoas (seus Discípulos) irão viver para alcançar.

No caso do Budismo, esta relação se torna ainda mais unificada quando levamos em conta suas crenças, “No Budismo, o mestre é o Buda, ou a pessoa iluminada para a Lei; o discípulo é a pessoa que busca a iluminação.”(BSGI – Por Uma Sociedade de Paz. Pg. 41). Ora, se existe algo em que acreditar, e provas de que alguém já alcançou esse objetivo, conseqüentemente, pessoas irão se agregar a um mesmo grupo, em busca desde mesmo objetivo.

Ao iniciarmos essa pesquisa, ficou inevitável o contato direto com este assunto, e mesmo sem querer, encontramos pessoas que deram mais do que informações sobre suas crenças e ideais, foram verdadeiros Mestres, que mostrando aquilo em que acreditam de forma clara e humilde, acenderam a vontade em cada um de saber mais sobre o assunto, nos tornando o que podemos chamar de Discípulos.

Para que o projeto seja completo, há a necessidade de uma divulgação daquilo que aprendemos e concluímos em forma de post neste humilde blog. E acreditamos que aquilo que estará aqui, será lido por outros futuros Discípulos, não nossos Discípulos propriamente ditos, mas por pessoas que compreendem a essência da análise deste grupo social, para que haja um conhecimento de sua cultura e a elaboração de opiniões boas ou ruins, dos leitores.

Ai fica um resumo do significado do blog, esperamos que vocês leiam, comentem, nos sigam e divulguem este projeto. Vamos ficar juntos para alcançar um mesmo ideal!



“O Presidente Daisaku Ikeda orienta: ‘Não há nada mais belo para um ser humano que os laços de mestre e discípulo. Não existe nada mais forte. A relação de mestre e discípulo é a essência do budismo. Mas devemos nos lembrar de que um mestre não é um ser superior; mestre e discípulo são companheiros que se empenham juntos na vida real para alcançar um mesmo ideal.’” (BSGI – Por Uma Sociedade de Paz. Pg. 41)

O que é budismo?



Budismo (páli/sânscrito: Buddha Dharma) é uma religião e filosofia não-teísta, abrangendo uma variedade de tradições, crenças e práticas, baseadas nos ensinamentos atribuídos aSiddhartha Gautama, mais conhecido como Buda (páli/sânscrito: "O Iluminado"). Buda viveu e desenvolveu seus ensinamentos no nordeste do subcontinente indiano, entre os séculos IV e VI a. C..


Ele é reconhecido pelos adeptos como um mestre iluminado que compartilhou suas ideias para ajudar os seres sencientes a alcançar o fim do sofrimento (ou Dukkha), alcançando o Nirvana (páli:Nibbana) e escapando do que é visto como um ciclo de sofrimento do renascimento.

O budismo pode ser dividido em dois grandes ramos: Hinayana ("Doutrina dos Anciões") e Mahayana ("O Grande Veículo"). A tradição Hinayana, que descende da escola Vibhajyavada do troncoSthaviravada, é o mais antigo ramo do budismo. É bastante difundido nas regiões do Sri Lanka e sudeste da Ásia, já a segunda, Mahayana, é encontrada em toda a Ásia Oriental e inclui, dentro de si, as tradições e escolas Terra Pura, Zen, Budismo de Nitiren, Budismo Tibetano, Tendai e Shingon. Em algumas classificações, a Vajrayana aparece como subcategoria de Mahayana, entretanto é reconhecida como um terceiro ramo.

Mesmo o budismo sendo uma prática muito popular na Ásia, os dois ramos são encontrados em todo o mundo. Várias fontes colocam o número de budistas no mundo entre 230 milhões e 500 milhões, tornando-o a quinta maior religião do mundo.

As escolas budistas variam sobre a natureza exata do caminho da libertação, a importância e canonicidade de vários ensinamentos e, especialmente, suas práticas. Entretanto, as bases das tradições e práticas são as Três Joias: O Buda (como seu mestre), o Dharma (os ensinamentos) e a Sangha (a comunidade budista). Encontrar refúgio espiritual nas Três Joias ou Três Tesouros é, em geral, o que distingue um budista de um não-budista. Outras práticas podem incluir a renúncia convencional de vida secular para se tornar um monge ou monja (pāli: Bhikkhuni).